7 de dezembro de 2020

De que adianta dormir com toda a coragem do mundo, se acordamos com aquele eterno medo do amanhã?

Quantas vezes fui extremamente corajoso durante a madrugada, planejando palavras e ensaiando diálogos, aguardando o amanhecer para colocá-los para fora. Mas de que adianta dormir com toda a coragem do mundo, se acordamos com aquele eterno medo do amanhã? De que vale planejar palavras lindas, escritas pelo coração, se nos calamos diante de fantasmas imaginários?

Coragem é tapar os ouvidos quando o medo usa seu canto para nos persuadir a não fazer nada. A coragem tem muito de pequenos atos cotidianos e pouco de grandes gestos. Não é sobre um salto de paraquedas, mas sobre um “oi” dito assim, do nada, para alguém que despertou seu interesse no terminal do aeroporto. Não é sobre uma viagem distante para uma cultura que não sabe o significado da palavra “saudade”, mas sobre fazer uma ligação difícil que precisava ser feita, mesmo com a voz embargada.

Não é sobre não ter medo, é sobre ir apesar do medo. Não é sobre o outro, é sempre sobre você.

7 de dezembro de 2020

Para onde a tua sensibilidade te leva?

A minha sensibilidade é como uma chave que abre um portal para outra dimensão. Por conta dela, sou transportado a lugares mágicos, cheios de beleza e de histórias comoventes. Nessa dimensão, as cores são mais vivas; as dores, mais agudas. Os olhos ficam mais aguçados, mas o que enxergam tanto encanta quanto entristece, e as lágrimas são forçadas a trabalhar uma dupla jornada. O coração perde a couraça. Porque, nesse lugar, não podemos carregar armaduras; assim, ele se abre e se expande, ficando em sintonia com tudo ao redor.

O problema desse portal é que muitas vezes é difícil encontrar a saída. E estar nesse lugar é exaustivo, dói. É um poço sem fundo, e preciso subir para respirar. Giro em círculos, buscando um retorno ao mundo concreto, e crio redemoinhos de questionamentos e dúvidas. Preciso ficar leve para subir à superfície, mas estou pesado por carregar tantas emoções dentro de mim.

Minha sensibilidade me leva a lugares a que eu nem sempre gostaria de ir. Ela faz as dores parecerem intermináveis, aperta o coração em momentos imprevisíveis. Mas com o tempo aprendi a conviver com a intensidade que ela traz e a separar suas qualidades das suas dores. Compreendo que minha sensibilidade é um olhar atento e receptivo ao mundo, mas que cabe a mim direcioná-lo para o que realmente importa.

29 de novembro de 2020

Por que a vulnerabilidade é tão importante para ter uma vida bem-sucedida?

Por que guardar palavras dentro de si quando elas podem despertar a admiração do outro por nós? Esperar que a iniciativa sempre venha do outro é desperdiçar tempo na fila das situações fantásticas que nunca aconteceram.

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29 de novembro de 2020

O destino está em nossas mãos… ou será o contrário?

Tem coisas que acontecem de repente, sem aviso prévio, e são como um presente vindo dos céus. Elas chegam no tempo certo, parecem sob medida para nossa vida, por mais que estejamos descrentes da possibilidade de sermos surpreendidos. O destino é tão sábio em distribuir imprevistos, em pilotar o tempo! Esse irônico ser adora brincar com nossos sentimentos, mexer nas gavetas da nossa cabeça e do nosso coração, e a nós só resta nos deixar levar, até porque não podemos fazer nada contra ele.

Ele chega numa manhã despretensiosa ou numa noite vazia e nos põe cara a cara com uma situação que marcará ou mudará nossa vida para sempre. Traz o novo, que muitas vezes nos assusta e nos confunde. Precisamos estar preparados para receber a energia vibrante e nova que o destino nos traz, sempre com seu sorriso debochado. Precisamos estar de coração aberto para perceber suas boas, ou confusas, intenções. Precisamos ter a alma aberta para recebê-lo e compreendê-lo com a calma que ele pede.

O dia a dia corrido, maluco, que vivemos atualmente, marcado pelo imediatismo, pela urgência, pela falta de tempo, por emoções rasas e de sinceridade duvidosa, nos torna míopes para a presença sutil e criativa do destino. Assim, envolvente, sedutor e de humor afiado, ele se aproveita disso para nos deixar morrendo de vergonha, fora do eixo, sem palavras diante das situações mais absurdas que é capaz de criar.

Eu adoro a inquietude do destino, que não se cansa de chacoalhar nossa árvore de emoções, a ponto de nos deixar atordoados, surpresos, mas, acima de tudo, de nos fazer sentir vivos. Muitas vezes brigamos com ele, corremos na direção contrária para tentar escapar de suas armadilhas... Tudo em vão. Ele refaz o cerco, muda alguns elementos, e pronto: lá estamos nós presos em sua armadilha novamente. Reféns de nós mesmos.

29 de novembro de 2020

Você não vai agradar todo mundo. E daí?

Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que é impossível agradar tudo mundo. Alguém, em algum lugar, vai implicar com você, discordar de você ou simplesmente não estar nem aí para você.

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29 de novembro de 2020

Como a comparação pode estar prejudicando o seu autoconhecimento

Como posso saber se sou legal, se não me comparo com a minha definição de uma pessoa legal? Se não tivermos cuidado, a mania de nos compararmos com os outros passa a ser uma forma muito cruel de definir o nosso valor na sociedade.

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17 de novembro de 2020

A perfeição é uma ideia que mata

O corpo perfeito, o relacionamento perfeito, o emprego perfeito, a viagem perfeita: não é isso que fomos condicionados a buscar?

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Está com dificuldade de seguir em frente depois de uma relação que havia muito sentimento?

Quer dar a volta por cima e resgatar o seu bem-estar emocional?

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