“Faça o que você sente em seu coração que é o certo – pois você será criticado de qualquer maneira.”
– Eleanor Roosevelt
Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que é impossível agradar tudo mundo. Alguém, em algum lugar, vai implicar com você, discordar de você ou simplesmente não estar nem aí para você. Grande parte das vezes, a negativa vem de gente que nem importa tanto, mas tem hora que ela vem de alguém próximo ou se refere a algo que tem um valor imenso para você. E aí dói demais, não tem jeito.
No entanto, precisamos entender que a rejeição faz parte da vida em sociedade.Precisamos aceitar que nem sempre tem a ver com nossas atitudes, com nossa verdade exposta e com nosso jeito de levar a vida, de fazer o que amamos, mas com o olhar do outro. Não temos como controlar nem prever as reações das outras pessoas. E, ainda que fosse possível, seria desgastante demais.
Além disso, nem todo “não” é sinônimo de rejeição, como nem todo “adeus” é desprovido de consideração e respeito. Precisamos deixar os “nãos” que a vida nos distribui soarem de forma mais natural aos nossos ouvidos. Deixar qualquer recusa sugar nossa autoestima como um parasita é injusto com nossas qualidades, com o potencial que conservamos. Um “não” é um caminho que escolhemos, não um desrespeito ou um desgostar do outro. Não podemos criar verdades que somente nos machucam sem ao menos saber o porquê da decisão do outro.
A questão é que, aparentemente, estamos entre a cruz e a espada: de um lado, a decisão de ser nós mesmos e sofrer uma possível rejeição; do outro, a de levar uma vida que não é a nossa para conseguir fazer parte de um grupo, ser convidado para eventos, conquistar um trabalho que almejamos. Mas pense comigo: por que você gostaria de ser aceito por alguém, ou por algum lugar, que não sabe quem você realmente é?
O preço de viver uma vida pela metade é alto demais. Não há como se dedicar ao que se gosta pela metade, não há como ser feliz pela metade, não há como fazer nada grandioso pela metade. A realização, a felicidade e o sorriso demandam uma entrega total e legítima. Não há como doar metade de nós e querer que o mundo se doe por inteiro.