De tempos em tempos precisamos nos reencontrar. Olhar para si e questionar se os nossos passos estão alinhados com o que o nosso coração pede. Será que ainda somos o que dizemos ser? Será que estamos aceitando o nosso destino? Será que estamos dando ouvidos aos pedidos do coração ou somente correndo freneticamente?

O nosso reencontro não deve ser com quem fomos, mas com quem precisamos ser. As memórias do que foi vivido alimentam a saudade, mas não matam a fome. Os bons momentos ficam em cômodos mais distantes, mas não somos mais a história que se passou naquela casa. 

Esse reencontro é sobre acolhimento e sobre aprender a se amar novamente com todas as imperfeições que nos dizem respeito. Amar o outro é tão mais fácil, pois aguardamos resgate. Queremos ser salvos! Quem irá nos trazer movimento? Quem irá nos aceitar antes de nós mesmos? Quem irá fazer por nós o que não conseguimos fazer?

Estar perdido dentro de si é uma dor que precisamos aprender a abraçar. Buscamos respostas concretas, mas sempre será sobre aceitar, seguir e acreditar. Não há garantia que pacifique o coração, não há certeza que possamos terceirizar. Sempre seremos o que sentimos, não o que dizemos ser. E hoje precisamos sentir mais por nós mesmos.